segunda-feira, 30 de maio de 2016

Stay - I can stay

Pov Bieber -

Dei uma grande lufada de ar tentando abrir os olhos, mas não obtive sucesso já que assim que os abri, um grande clarão me cegou.

Gemi de dor em protesto e tentei me proteger com as mãos.

Eu sentia o cheiro de gasolina entrar por minhas narinas, e o sangue pulsar pelo meu corpo.

Que porra aconteceu?

Quando finalmente conseguiu abrir meus olhos, tive a visão embaçada de Alfredo puxando Emma pra longe de algumas chamas. Seu corpo estava mole e todo sujo de sangue.

Fechei os olhos desejando que tudo não se passasse de um pesadelo. Meu corpo todo todo doía e as lágrimas rolavam inconscientemente. Eu não enxergava direito, mas forcei meus olhos a se abrirem e encarei o céu. Só espero que meus filhos estejam bem longe daqui. 

Olhei para onde havia visto Alfredo carregar Emma e percebi que algumas ambulâncias se aproximavam. Eu não via  Chaz e muito menos Ryan, haviam apenas eu, Emma, Alfredo, e os destroços dos carros. E eu tentava me lembrar de como tudo aconteceu. 

Estávamos longe da estrada a qual rodávamos. O carro parece ter voado quilômetros, já que o tráfego continuava o mesmo. Sorri agonizado e chorei mais.

Estou morrendo à beira da porra de uma estrada e todos continuam com suas vidas medíocres. Os olhares curiosos era tudo que eu recebia.

Senti mãos me puxando pra cima e prendi a respiração. Pareciam estar quebrando todos os meus ossos.

Tentei olhar pra onde Emma estava, mas antes que eu virasse para sua direção, uma máscara de oxigênio foi colocada em mim. Respirei fundo sentindo o ar entrar e encarei o céu novamente.

Não ouvia nada que me diziam, só conseguia encarar o céu ensolarado e chorar. Eu não queria morrer. 

A dor havia sumido e eu não sentia as mãos que tocavam meu corpo. Apenas encarava o céu azul me lembrando dos belos olhos de Emma.

Porra eu estava parecendo um marica, mas que se foda. Eu sentia a cor do céu penetrar em meus olhos e era como se eu estivesse lá em cima. 

O silêncio sem fim e ver tudo girando, me fazia acreditar cada vez mais que eu estava me entregando a morte.

Foi quando um barulho me despertou do transe. Os médicos gritavam algo e pressionavam os choques no corpo de Emma. Então ela tremia, parava, e eles faziam tudo novamente.

Seus olhos azuis encaravam o nada e começavam a tomar uma coloração acizentada.

Solucei imaginando que talvez ela estivesse morta. 

Meu coração palpitou forte e a dor voltou. Me dilacerando como os tiros e os socos que levei. Como as rasteiras e as surras que levei quando criança. Como se todas as dores de minha vida se juntassem numa só.

-NÃO FAÇA ISSO RAPAZ -Ouvi uma voz gritar desesperada e eu voltei meus olhos para tal voz -FIQUE COMIGO

Um sorriso morto se abriu em meus lábios e as lágrimas caíram outra vez.

Emma estava morta, porque eu ficaria?

Tommy 

Sua imagem surgiu em minha mente e eu puxei o ar fortemente.

As meninas, minhas meninas.

Olhei pra Emma novamente e fechei os olhos. Eu não tinha ela, mas ainda tinha motivos para ficar.

Tentei ficar calmo e a pessoa que gritará sorriu satisfeita. Olhei para o céu e de repente o azul sumiu dando lugar a um teto branco marcado com linhas vermelhas. 

Haviam me colocado na ambulância e o azul não me penetrava mais. Eu iria sobreviver.


[...]


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NÃO ME MATEM!!! 
Acho que ainda tem algumas coisas pra acontecer, mas queria postar logo caso alguém ainda acompanhe... Bjbj